22 de mai. de 2012

Filha do mundo

Então eu abro a agendinha da escola e leio o recado: "veja convite para passeio da escola". A atividade será num parque infantil, no próximo dia 25. Vai e volta com a turma, tem lanche e transporte incluso. Ao me dar conta do que estava escrito naquele papel lilás, caiu a ficha: ela vai crescer!!!

Ai, #meudeus. Eu toda preocupada em dar aconchego, amor, colo... toda empenhada em incentivar o gosto pelos livros e pelo mundo, aguçar a curiosidade, conversar... toda apaixonada pelas primeiras palavrinhas e as gracinhas que esta menininha faz... E tinha me esquecido que, antes de ser minha filha, é uma pessoa que, em breve (porque o tempo passa muito rápido!), será dona do próprio nariz. 

Hoje mesmo, enquanto voltávamos à pé da escola, Nina não me deixou trazer a mochila - veio ela mesma puxando aquela coisa rosa ladeira acima (bem que eu já tinha lido que mochilas com rodinhas ajudam na autonomia da criança, mas confesso que fiquei impressionada com a determinação e vontade desse serzinho que amanhã completa 1 ano e 9 meses). Hoje a mochila, amanhã diz que quer sair, depois resolve estudar fora, vai morar com o namorado... socorro!!!

Quando a pequena ainda era de colo fomos a um encontro promovido pelo Dr. Cacá, para mães recentes (uma delícia, por sinal). Ali, entre papos e danças maternas, o pediatra disse que, embora todas estivéssemos submersas no mundo do recém-nascido, quando menos esperássemos estaríamos vendo eles atravessarem a rua sozinhos, e... "Só com 18 anos, né?" brincou uma mãe, fazendo com que todas nós caíssemos na risada.

Com 18 anos era eu quem saía de casa, para cursar a faculdade em outra cidade - e dali, nunca mais "voltaria" - embora a casa dos pais sejam sempre a nossa casa. Hoje imagino o quanto essa decisão foi difícil pros meus pais (que apesar do que sentiam, nunca deixaram de me apoiar) e vira e mexe brinco com minha mãe, dizendo que ela que foi maluca de me deixar ir...

Eu tenho o desejo secreto de que minha pequena caiba pra sempre no meu colo (ai, minha eterna saudade antecipada!). E você, como encara o crescimento do seu filho? #cadêobebêqueestavaaqui


Pipoca desde cedo batendo perna por aí... #filhadomundo

17 de mai. de 2012

Uma caixa vazia - mas cheia de orgulho!

Logo que eu me formei na Unesp, comecei a trabalhar como redatora da revista Todateen, na Editora Alto Astral (eita tempo bom de gente fina, elegante e sincera!). Uma das minhas funções, claro, era ler publicações da concorrência, para saber o que estava rolando por aí. Vi na extinta revista Querida uma promoção do tênis Keds. Era só mandar uma frase que já estava concorrendo. O resultado saiu na edição seguinte (vejam, o tempo nos idos de 2000 era outro, nada de blogs e mundo cibernético como hoje) e qual não foi minha surpresa quando vi que minha frase levou o par: "Eu quero ganhar o tênis Keds pra botar todos os meus outros sapatos no chinelo". 

Lembrei dessa situação na tarde de hoje, quando vi que meu texto sobre o "Dia das Mães", da blogagem coletiva proposta pelo blog da Rede Mulher e Mãe, ganhou o primeiro lugar. Fiquei super feliz com o resultado, principalmente porque sou bem chata pra escrever (me apego nas vírgulas, na leitura, nas palavras, sou daquelas que entra em dicionário de sinônimo para melhorar o ritmo das frases) e o blog tem ajudado a me expressar de forma mais coloquial. 

Também fiquei muito contente pois sou nova neste delicioso mundo-cibernético-materno e foi a primeira vez que participei de uma blogagem coletiva. Não consigo escrever com tanta assiduidade e frequência como muitas mães fazem (essa é minha meta!), mas cada vez que consigo interagir na rede sempre aprendo e divido algo bacana (até porque o que não for pra agregar, sinceramente não me interessa #doudeombros). Acho que só isso em si, já vale cada palavra digitada.

O resultado da blogagem você pode ver aqui. Claaaaaro que agora quero mais é curtir meu Spa Day Auto Mulher Porto Seguro, que ganhei com esse texto da caixa vazia #eumereço. Meus parabéns também pra Bossa Mãe, da Gabriela Miranda, e pras queridas do Loucura Materna (Mamãe Rochelle, eu te <3)

Ninoca, quando vir esse post, vai morrer de orgulho da mamãe!

11 de mai. de 2012

O que eu realmente gostaria de ganhar no Dia das Mães (blogagem coletiva)

A turma (animada) do Rede Mulher e Mãe sugeriu que o tema que aparece no título deste post seja uma blogagem coletiva (quando várias blogueiras publicam textos no mesmo dia sobre um mesmo assunto), por causa da data que será comemorada domingo. Eis que, pensando muito sobre os últimos dias, escolhi meu presente: uma caixa vazia.  

Não precisa ser nova, uma caixa usada já serve de depósito dos medos. Não pode ser pequenina, porque mesmo aprendendo muito, ainda tenho um punhado de angústias espaçosas. Também não tô querendo uma caixa gigante, porque muitas das minhas ansiedades (principalmente dos primeiros meses de mãe) já sei usar a meu favor.

É preciso que seja maleável, porque vez ou outra vou guardar frustrações disformes que insistem em alfinetar. Deve ser resistente, pois os "tem que", seguidos de dias de exaustão, pesam (razão pela qual quero me livrar de muitos!). Não precisa uma estampa moderna, uma caixa de papelão está bem adequada para acondicionar os rótulos de mãe-perfeita. O ideal é que venha com uma tampa hermética, assim os "julgamentos alheios" não correm o risco de escapar. Bom também que fosse portátil, afinal, praticidade é tudo na vida materna, né?

Por fim, não precisa de laço nem fita de cetim. Na tampa pode ter apenas uma etiqueta de identificação com nome (A melhor mãe que minha filha pode ter) e instruções de uso (na minha maternidade mando eu).

Um presente assim é pra guardar pra vida inteira. E cuidar bem, pra que fique sempre em ótimo estado - afinal, vez ou outra terá que ser usado. Mas o melhor é que esta simples caixinha, com o passar dos anos, vai mostrar o quanto cresci e aprendi como mãe... Que todas tenham um lindo Dia das Mães com seus filhos e família!

ATUALIZAÇÃO: O portal Comunique-se me entrevistou para falar sobre como a maternidade influenciou minha relação com minha profissão - quem me acompanha por aqui, já sabe... rs. Foi legal porque, para falar de mim, eles também entrevistaram minha mãe! (obrigada Nathália Carvalho!). Quem quiser, pode ler aqui:

"A vida muda após a gravidez, avalia jornalista que deixou a redação para ter mais tempo com a herdeira"



esta foto é do 1o. aniversário.
traduz perfeitamente o que sinto...

7 de mai. de 2012

Papai, te amo!

Outro dia eu voltava da escola com a Nina no carro e disse: 
- Filha, fala mamãe. 
- Papai. 
- Ô Nina, é mamãe! 
- Papai. 
- M-a-m-ã-e!!! 
- Papai. 
Depois de mais algumas tentativas frustradas, encerrei o assunto:
-  Gata, mamãe carrega nove meses na barriga, amamenta, tá sempre junto, faz malabarismo pra cuidar de você... e o que eu eu ouço em troca? 
- Papai. 
**********

O "diálogo" não é surpresa pra mim. Sei que tem a fase em que a menina fica mesmo mais apegada ao pai ("Freud explica"), mas tem também uma questão muito fofa que acontece na minha casa: o André é um super pai. 

Já ouvi (e li nas redes) muitas mães que têm parceiros que não ajudam em nada com os filhos e que ainda acham (em pleno século XXI) que a responsabilidade de cuidar dos rebentos (e de "coisas da casa em geral") é da mulher (independente do poder aquisitivo). Pra quem como eu, que achava que isso não existia mais, foi um choque saber de reclamações do tipo "meu marido não sabe quantas fraldas o bebê usa ao longo do dia" ou "ele nunca deu um banho no nosso filho". E não me interessa saber qual a renda mensal da família: ainda que tenha grana e possa bancar babás, enfermeiras & afins, como pode um pai perder momentos preciosos do desenvolvimento de um bebê?

Tem outra questão: e se credo cruz eu morrer? Toc, toc, toc. Já falei aqui que "morro de medo de morrer" (não tô sendo pessimista, mas realista, afinal, a gente nunca sabe o dia de amanhã). Pode acontecer também um fim: casais se separam todos os dias, e aí que dó de filhos (meninos ou meninas) que simplesmente perdem o contato com o pai por não morarem mais sob o mesmo teto. Então quer dizer que a relação não era afetiva, mas meramente geográfica? (no meu caso, eu ainda nem casei pra querer separar hahaha).

Não tô aqui querendo julgar ninguém, mas penso que vínculos são criados quando existe troca, cumplicidade, amor, carinho... (aliás, quantos pais e filhos são super próximos sem nunca terem morado juntos!). Fico feliz de ver, independentemente da relação pai-mãe que nos une, que Nina tem um grande amigo.

No caso do André, ele ajudou a cuidar dos 3 (lindos) sobrinhos, filhos da tia Marcela, então já veio "de fábrica" com sabia algumas noções bem boas de troca de fralda e banho, por exemplo. Claro que apanhou muito na hora H pra cuidar da Nina, mas depois de alguns meses já está mega craque em várias outras demandas (faz, inclusive, escova nos cachos da pequena, numa farra só!). E é óbvio que a menina sente isso. É um grude com o pai, pra cima e pra baixo. Os dois vão juntos na padaria, na feira, no mercado... um barato! Semana passada já era tarde quando ela pegou meu celular e ficou chamando o papai insistentemente. Enquanto não liguei pra ele e ela pode "conversar", não sossegou - e depois parece que acalmou, pois acabou dormindo. 

E pra quem acha estranho este post bem na semana do Dia das Mães, explico: é que hoje é aniversário do papai, então resolvemos fazer uma surpresa pra ele, com esse texto cheio de gratidão e amor. Pra ele saber (ainda mais) o quanto ele é importante pra gente... <3 <3 <3

Nina e Papai ganhando o mundo na Times Square!


Obs. pras blogueiras-mães, o resto da semana é nosso! tem muita coisa rolando... já vi uns posts que vão rolar no A vida como a vida quer, vídeos bem bacanas da Mamatraca (adorei o da Glauciana!) e a programação da Rede Mulher e Mãe... #vemgente

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