16 de jan. de 2013

Ajudando a descer escadas

Isso pra mim é o que eu chamo de "ternura materna", algo peculiar da mãe: o instinto de dar apoio e suporte à cria. Alguém se identifica?

(vi o vídeo na página da Rádio Globo do Facebook e gostei tanto que quis compartilhar aqui). 

1 de jan. de 2013

A bota azul e o ano de 2012 - ou feliz 2013!


2012 chegou ao fim e eu sinto como se tivesse sido atropelada por este ano, tamanha a correria. Nos últimos 12 meses vimos mudanças significativas na Nina - a pequena bebê de janeiro fechou dezembro como uma criança, no auge de seus 2 anos e 4 meses de vida. Novas palavras surgiram no seu vocabulário, que já forma frases e mostra o tempo todo tudo o que aprende do mundo a sua volta - o cardápio de almoço "Arroiz, cizão, calne, suco naranja" virou hit em casa! 

Fisicamente falando, Nina está com a dentição quase completa - os quatro caninos que lhe faltavam já deram o ar da graça para completar o sorrisão. As madeixas foram cortadas duas vezes ao longo do ano, mas só as pontinhas: eu adoro o cabelo dela, que tem uma cor incrível e é encorpado, com cachos naturais nas pontas (um deleite pra mãe de cabelo escorrido!). Já a fralda é item quase démodé em casa - digo quase porque a noturna ainda é usada por segurança, mas como há tempos amanhece seca, será aposentada em breve. Enquanto 2011 teve inúmeras idas ao PS, incluindo crise de bronquiolite e catapora, 2012 passamos um pouco mais tranquilos, com "apenas" conjuntivite e virose no 'currículo'. 

A bota azul-brilhante foi um dos
sucessos do ano de 2012,
vamos sentir saudades do
visual David Bowie!

Mas, sem a menor dúvida, o que marcou o ano de 2012 foi a entrada da pequena na categoria dos "dois anos". Eu brinco que é uma fase ~ terrivelmente maravilhosa, ou vice-versa ~ numa alusão aos "terrible two". Ao mesmo tempo que é encantador ver uma criança descobrir sua independência, querer incentivá-la nesse processo é, muitas vezes, cansativo, confuso e complexo. Não foram poucas as vezes que me vi perdida entres berros e ataques de choro - e recorri a grupos de mães na internet, colo de amigas e leituras para buscar o meu caminho nessa empreitada materna. O bom é que me fortaleci sobre o que eu acredito da educação de uma criança - criação com apego e a (não)terceirização de cuidados foram temas recorrentes por aqui. Também tive a alegria de conhecer muitas mães da blogosfera pessoalmente, estreitando contatos virtuais e criando novos laços de amizade. 

Agora temos todos um ano inteirinho pra escrever novas histórias… e recheá-lo de novas emoções, conquistas e muito amor! Feliz 2013 pra todos nós!!! Paz e luz!!! 


RECEITA DE ANO NOVO
(Carlos Drummond de Andrade)

Para você ganhar belíssimo Ano Novo 
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz, 
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido 
(mal vivido talvez ou sem sentido) 
para você ganhar um ano 
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, 
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; 
novo 
até no coração das coisas menos percebidas 
(a começar pelo seu interior) 
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, 
mas com ele se come, se passeia, 
se ama, se compreende, se trabalha, 
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, 
não precisa expedir nem receber mensagens 
(planta recebe mensagens? 
passa telegramas?) 

Não precisa 
fazer lista de boas intenções 
para arquivá-las na gaveta. 
Não precisa chorar arrependido 
pelas besteiras consumadas 
nem parvamente acreditar 
que por decreto de esperança 
a partir de janeiro as coisas mudem 
e seja tudo claridade, recompensa, 
justiça entre os homens e as nações, 
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, 
direitos respeitados, começando 
pelo direito augusto de viver. 

Para ganhar um Ano Novo 
que mereça este nome, 
você, meu caro, tem de merecê-lo, 
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, 
mas tente, experimente, consciente. 
É dentro de você que o Ano Novo 
cochila e espera desde sempre.


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